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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Amy Winehouse em São Paulo

Chamar o show de sábado de Amy Winehouse de "burocrático" é um insulto a burocracia. Foram exatos 72 minutos de show. Descontadas as vezes que ela saiu do palco, o intervalo antes do bis e uma torturante sequencia de solos dos músicos, Amy não deve ter cantado por mais de 55 minutos.
Além de curto, o show foi muito ruim. A banda era uma lástima, e a voz de Amy, um fiapo. Na verdade, Amy deu azar: puseram uma cantora de verdade antes dela, Janelle Monáe, e a comparação foi brutal.
Enquanto Janelle e a banda fizeram um show cheio de energia e emoção, Amy pôs o povo para dormir em pé com uma apresentação desleixada. E desafinou pacas.
Quem foi à Arena Anhembi esperando ouvir o gogó potente e sexy dos discos saiu com uma certeza: os produtores Salaam Remi e Mark Ronson fizeram milagres com a moça.
Amy foi um show de horror: além de desafinar, esqueceu letras, atropelou a métrica e errou o tempo de várias canções, tudo isso enquanto ostentava uma tromba daquelas. Parecia que ela estava fazendo um favor à plateia.
A diva só falou com o público duas ou três vezes, e mesmo assim para apresentar a banda ou anunciar um vocalista de apoio que cantou duas músicas enquanto ela sumia do palco.

Pombas Mortas

Winehouse abriu o show com três de seus maiores hits, "Just Friends", "Back to Black", e "Tears Dry On Their Own", e já deu para perceber que alguma coisa não ia bem: ela virou-se várias vezes para os músicos e parecia estar reclamando do som. Mas o problema não era o som, claro.
No final de "Boulevard od Broken Dreams", a casa caiu: Amy deu uma desafinada tão medonha, que se algum pombo estava sobrevoando morreu.
Na área em frente ao palco, o tal espaço VIP, a desanimação era evidente. Os fãs vibravam mais com os goles que Amy dava em um copo do que com a música.
Lá pela quinta ou sexta canção, já havia uma movimentação grande de bem-nascidos se dirigindo à área Mega Ultra Top Vip Special (o nome não era exatamente esse, mas era parecido), onde rolava uma festinha.

Enchendo Linguiça

Enquanto isso, Amy e os músicos continuavam no piloto automático, contando os minutos para aquilo acabar.
E a banda dela? O que era aquilo? Será que uma banda tão ruim já tocou para tanta gente?
Para encher um pouco de linguiça, Amy apresentou os músicos, e cada um fez um solo. Foi uma demonstração tão constrangedora de falta de talento que, no meio do solo de bateria, a própria Amy sentou no palco.
Depois de 60 minutos de show, a cantora se despediu. Mas voltou para o bis, a tempo de errar a letra de "You Know I'm No Good", antes de encerrar com "Me and Mrs. Jones" Chequinho na mão e bye bye, Brasil"
Como todo filme de horror que se preze, o show de Amy ainda teve um epílogo pavoroso: foram exatos 58 minutos só para conseguir sair do estacionamento do Anhembi, enquanto multidões disputavam um táxi.

É isso ai gente, e ai, alguém foi?
Beijinhos beijinhos.


Fonte: Folha de São paulo

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